Há apenas 14 treinadores que se podem gabar, como Rúben Amorim, de ter estado 100 ou mais jornadas de campeonato à frente de uma das quatro maiores equipas portuguesas da atualidade: sete no Benfica, quatro no FC Porto, quatro no Sporting e zero no SC Braga (JJ repetiu por SLB e SCP). À sua frente, em Alvalade, o treinador leonino, 38 anos, tem apenas três nomes com mais jogos: Joseph Szabo, Paulo Bento e Jorge Jesus.
Porém, Amorim ultrapassa o ex-selecionador da Coreia do Sul se olharmos para os pontos somados na primeira centena de jogos de Liga: 232 contra 209 de Bento. Jesus somou mais um ponto (233) e Szabo, entre 1937 e 1943, período em que contou com grandes jogadores como João Azevedo, Álvaro Cardoso, Adolfo Mourão e, sobretudo, Fernando Peyroteo, totalizou nada menos de 244.
Rúben Amorim não abordou, após o jogo de ontem em Chaves, a centena de jogos de Liga como técnico dos leões, mas, na véspera, referira que «é um orgulho estar num clube tão grande como o Sporting» e que «ser campeão traz realização a qualquer treinador». A concluir, acrescentou: «Pensava que tinha nascido para ser jogador e acho agora que, se calhar, nasci um bocadinho mais para ser treinador…».
Por outro lado, dada a presença de seis treinadores estrangeiros neste ranking (Joseph Szabo no Sporting e Sven-Goran Eriksson, John Mortimore, Béla Guttmann, Janos Biri e Otto Glória no Benfica), só cinco portugueses fizeram mais pontos do que Rúben Amorim nos primeiros 100 jogos de campeonato num clube: Sérgio Conceição, Rui Vitória, Artur Jorge, Jesualdo Ferreira e Jorge Jesus (2 vezes). O líder absoluto é Sérgio Conceição com 252 pontos somados nas primeiras 100 jornadas no FC Porto, seguido por Rui Vitória, Joseph Szabo e Sven-Goran Eriksson.
