«Benfica já não é recebido com vassalagem»
Alonga e destacada carreira de Manuel Cajuda no futebol português conheceu duas passagens por Braga. Primeiro em meados dos anos 90, mais tarde na viragem do século, já quando o clube se posicionava para dar o salto para o patamar seguinte.
Foram tempos «muito difíceis», salienta, muitos anos a «partir pedra e a criar uma calçada bonita onde outros podem agora passear», reflete o treinador, que realizou 231 jogos no banco dos guerreiros.
Cajuda chegou pela primeira vez a Braga em 1994 e na sequência de uma época atribulada e que por pouco não custava a descida de divisão aos guerreiros. A equipa fechou o campeonato 1993/1994 no 15.º posto e um lugar acima da linha de água, cenário que nestes dias não parece possível repetir-se graças à «aproximação» ao mundo dos grandes. Manuel Cajuda saúda essa intromissão de forma particular e diz que António Salvador «teve papel determinante» no crescimento dos guerreiros com uma gestão «adequada».
O desenvolvimento do clube encontrou também eco nos jogos com o Benfica, aponta Manuel Cajuda.
«Quando o Benfica visitava Braga era das poucas vezes que se via o estádio pintado de vermelho e branco, e talvez o apoio dos benfiquistas fosse até maior. Felizmente hoje acontece o inverso, o Benfica já não é recebido com a vassalagem que antigamente era», salienta o treinador.
O SC Braga-Benfica de amanhã, assegura Manuel Cajuda, será muito diferente das lutas que eram travadas no passado.
«O SC Braga está muito melhor do que no meu tempo», aponta, projetando um grande espetáculo no Estádio Municipal porque Benfica foi «reconstruído ao seu melhor nível».
