Face às necessidades da equipa nos últimos jogos, Pedro Gonçalves tem atuado no meio-campo, ao lado de Ugarte. Agora, com Morita a regressar à competição, será que é nessa posição que o número 28 leonino rende mais?
A BOLA consultou a opinião de cinco treinadores – Augusto Inácio, Vítor Manuel, Silas, Tiago Fernandes e Zé Pedro – e todos eles apostam no jogador na frente de ataque, ainda que ressalvem a sua qualidade em qualquer posição. E acabam por perceber a ideia de Rúben Amorim face às necessidades da equipa.
«Pedro Gonçalves no meio-campo não existe, lá na frente é o melhor. Na minha opinião, no meio-campo perde o seu futebol total, tira muito mais vantagem na ala a meter para dentro e rematar. Prefiro mil por cento na frente de ataque. O Rúben Amorim trabalha com os jogadores e sabe as soluções que tem. Morita esteve fora, o Mateus Fernandes não agarrou, Tanlongo está a começar, Sotiris é um fiasco e o Essugo aparece e desaparece. E o Rúben Amorim pensa no Pedro Gonçalves como solução, ele que no Famalicão jogava a 8, mas num meio-campo com três jogadores, já no Sporting são dois e ele perde-se», defende Augusto Inácio. «O Sporting, desde que foi campeão, tem decrescido a qualidade do plantel e por isso está com dificuldades em ter plantel equilibrado para não se ressentir quando falta um ou dois jogadores», acrescenta.
Para Vítor Manuel, «Pedro Gonçalves é um jogador de classe superior». «Tendo em conta a sua qualidade, definição, assistências e a esperteza, pois é um bom malandro dentro da área, penso que é muito mais útil no último terço. É aí que se sente melhor. A influência que tem é decisiva, a forma como define, como ataca o espaço, como lê o jogo. É um bom malandro no bom sentido, um rato de área. Joga bem em qualquer lugar, mas no último terço é letal. E isso viu-se no último jogo quando passou para a frente. Tem influência em qualquer lado, mas onde se torna mais letal é no último terço, é aí que a equipa pode tirar mais dividendos. Em termos de emergência, desempenha bem a função no corredor central, mas não é a mesma coisa», diz.