Jogaram juntos no Vitória de Setúbal e Santa Clara, registaram presenças em 63 jogos e o conhecimento privilegiado fabricou a amizade entre Costinha, o médio que acabou de deixar para trás um pesadelo de 16 meses sem competir, intervencionado por três vezes no tendão de Aquiles, e Fábio Cardoso, central que segue de pedra e cal no onze portista, sem sinais de facilitismo ou enfraquecimento. O defesa já joga há 17 jogos consecutivos de início, não dando mínima chance a David Carmo de espreitar o posto, tendo mais recentemente passado a liderar o setor quando Marcano rendeu Pepe. Neste período, nota para apenas seis golos consentidos.
Novamente feliz por jogar, após pânico de ter de deixar o futebol, Costinha exalta o contributo de Fábio Cardoso no FC Porto, clube no qual se formou.
«Vejo uma afirmação muito sustentada de uma pessoa que absorve conhecimento das pessoas à sua volta e que tem grandes capacidades e o gosto de aprender sempre mais. Quando assim é, são inevitáveis as oportunidades. E ele agarrou-as!» enaltece, ampliando os louvores ao velho companheiro, que viu partir dos Açores para o Dragão.
«Ele é muito competitivo no bom sentido, contagia os colegas nesse aspeto e estando ele num clube de exigência máxima, ter um jogador com estas caraterísticas é muito bom. A sua evolução é exemplar de quem quer ser sempre mais e quer aprender mais. O momento que atravessa no FC Porto não me causa qualquer surpresa», evidencia Costinha, elogiando Fábio Cardoso por se ter moldado ao calibre dos objetivos do FC Porto.
«Chegou a uma equipa completamente diferente do que estava habituado e teve de se readaptar a outros objetivos. Passou a defender muito mais subido e a assumir muito mais o jogo desde trás. Teve naturalmente de passar por um período de adaptação que varia de jogador para jogador. Ele foi rápido e hoje já se vê nele que tem tudo para ser um capitão do FC Porto nos próximos anos. Pelas qualidades que referi», precisa o médio do Santa Clara, sentenciado os argumentos que expõem o presente sorridente do central, que já viu Pepe reaparecer breves minutos com o Arouca, após lesão. A pressão pela titularidade aumentará, agora, substancialmente, já olhando ao Famalicão.
«Está um animal competitivo que contagia e galvaniza a equipa. Dá tudo pela equipa e é um ótimo líder.»